O ESTADO DA GRAÇA - A renuncia total e mansa.

O que podemos dizer sobre os erros que envenenam e matam aos poucos o ser humano?

A menos que eles tenham em si a graça viva, nada podem fazer para purificar seu coração, ja que o esforço sem o entendimento é fator de embrutecimento.Entre o orglho secreto que mina seu coração e a mentira da humildade artificial que mostra ao mundo, essa pobre alma vai se afogar antes do que pensa na aflição.

Quando a graça nos sustenta nao ha nada que ela nao nos ajude a aceitar. Ela ocupa todo o campo da consciência e nos permite realizar as tarefas mais diversas, sem que nossa alegria se esgote ou nossa unidade interior se rompa. Quando a graça esta presente paramos de olhar para o futuro de desejar e mesmo de esperar... sentimo-nos plenos.E o sinal da graça é que o presente sempre é para nos superabundante.

A graça é o elemento que vivifica o viver, então cabe avaliar o que fazemos quando ela nos falta: somos preenchidos com lembranças, pela espera confiante e pela imitação dos momentos em que a graça estava presente.

A graça sempre se infiltra em nos por caminhos que nao havíamos previsto. Para termos certeza de que nada podemos sem ela, é preciso que nos tenhamos sentido, ao menos uma vez completamente abandonados. A graça esta em nos mesmo quando nao a vemos e com frequência basta que nos voltemos para nos mesmos, meditemos e penetremos usa presença misteriosa para torna-la subitamente visível como se a tivéssemos feito nascer.

Na união com Deus trata se para nos apenas de CONSENTIR em SUA AÇAO,e nos a destruirmos cada vez que tentamos antecipa-la ou força-la. Nada é mais difícil do que obter o perfeito silencio do amor próprio, o proprio ardor que nos leva a Deus nem sempre é irrepreensivel, pois o amor proprio busca incenssatenmente possuir, e as vezes pensamos que ele esta indo no momento em que ganhou mais ascendencia em sobre nos. Por isso, jamais devemos buscar adquirir nem reter bem algum, pois sempre se é possuído pelo objeto que se possui.: é o meio de estarmos sempre pobres, invejosos e descontentes. Somente se enriquece quem se despoja de tudo o que possui., extraindo-os de nos mesmos.

Todos os bens materiais nos oprimem e nos ofuscam. E que nao podem dar nos o sentimento da posse verdadeira. Enganosamente, a miséria da possessão dos bens que possuímos, nos deixam preocupados, opacos e pesados: basta-lhes deixa-los para que se torne um potencia pura capaz, a partir de entao de participar de tudo o que existe. Não possuímos senão a nos mesmos, por isso um momento de privação se torna o da mais perfeita plenitude.

Plenitude , enquanto que nosso ESPIRITO deve estar desprendido dos bens intelectuais, nosso CORPO deve estar desprendido dos bens materiais.

Os únicos bens que tem valor são os que nao podemos perder, aqueles que trazemos em nos e sempre levamos conosco, é a faculdade de produzir todos eles.

Todas nossas desgraças vem de buscarmos fora de nos e longe de nos bens que estao perto de nos e em nos.

Assim se pede ao EU SEPARADO, a nova criatura, o novo homem, que renuncie a SI MESMO, em beneficio da graça. A graça faz descer sobre o homem separado, o principio do conhecimento e do amor. Que deve desaparecer com o velho homem,que deve ceder lugar a outro ser que ele ainda nao conhece, no qual seu ser mais familiar sera por assim dizer, consumado. O pensamento de sua propria aniquilação lhe causa uma inexprimível angustia, que cabe a ele transformar numa renuncia total e mansa.