Dilemas Éticos - Dever, querer e poder.
- klebertavolaro
- 31 de mai. de 2016
- 2 min de leitura

Devo, porque nem tudo que eu quero eu posso, nem tudo que eu posso eu devo e nem tudo que eu devo eu quero.
"Tudo me é permitido", mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada domine." Corintios 6 12
Da liberdade, vêm as três grandes questões éticas que orientam (mas também atormentam, instigam, provocam e desafiam) as nossas escolhas: Quero? Devo? Posso? Retomemos o cerne: o exercício da ética pressupõe a noção de liberdade. Devido a isso, é impossível dizer que alguém não tem ética, porque ético é exatamente o modo como todo ser humano compreende aquelas três grandes questões da vida: devo, posso, quero.
"Tem coisa que eu devo, mas não quero; tem coisa que eu quero, mas não posso; tem coisa que eu posso, mas não devo"
Nessas questões, vivem os chamados dilemas éticos; todas e todos, sem exceção, temos dilemas éticos, sempre, o tempo todo: devo, posso, quero? Tem a ver com fidelidade na sua relação de casamento, tem a ver com a sua postura como motorista no trânsito; quando você pensa duas vezes se atravessa um sinal vermelho ou não, se você ocupa uma vaga quando vê à distância que alguém está dando sinal de que ele vai querer entrar; quando você vai fazer a sua declaração de Imposto de Renda; você tem a grande questão ética que é: devo, posso, quero? Por exemplo, quando se fala em Comprar algo: Podemos, sim. Devemos? Não sei. Queremos? Sim.
Isto envolve os conceitos a respeito da Ética e da Moral, cujas diferenças são fundamentais. Para se compreender, os dois conceitos:
Nem tudo que quero, Eu posso - Isto é ético. O fato de ser Ético não significa ser Moral. Isso porque a ética se prende a tudo o que é institucional. A Moral vai além da Institucionalidade do fato ou do ato.Portanto, nem tudo ,que eu quero, eu posso, mesmo sendo permitido, porque a Institucionalidade, não atinge a Moral.Com efeito, querer não é sinônimo de poder. Sendo desse modo, Nem tudo que eu devo, Eu quero. Portanto, na análise lógica, nem tudo que posso, eu devo, naturalmente fazer, porque o que faço, pode até ser lógico, na Institucionalidade do ato, mas o ato não é Moral, em sua natureza. Esse é o evidente conflito, entre o querer, poder e dever.
Tomás de Aquino, diz : A mentira é um ato legítimo, quando a faz na defesa da inocência, com efeito, mentir não é Ético, mas poderá ser Moral, se for em proteção, da presunção da inocência.Ninguém é obrigado, a falar a verdade, quando a referida prejudicar, a proteção da pessoa.
Existem coisas que queremos, mas não podemos, muita coisa que devemos, mas não queremos.
A paz de espírito é encontrada quando aquilo que queremos é aquilo que podemos sendo o que devemos.
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